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Acadêmicos - Olga Maria Frange de Oliveira
Olga Maria Frange de Oliveira - Cadeira 15
Patrono: Hugo de Carvalho Ramos
Fundador: Georges de Chirée Jardim
Posição: Atual
Antecedida por: Luiz Gonzaga de Oliveira
Biografia
Olga Maria Frange de Oliveira é natural de Uberaba (MG).
Professora de piano, maestrina, regente do Coral Artístico Uberabense desde 1994 e pesquisadora da História da Música em Uberaba desde 2013.
Formou-se em piano em 1972 pelo Instituto Musical Uberabense, na classe da professora Odette Carvalho de Camargos. Bacharelou-se em Direito pela FIUBE (Faculdades Integradas de Uberaba) em 1974 e graduou-se como instrumentista na Faculdade de Artes da Universidade Federal de Uberlândia em 1975. Fez pós-graduação em Cultura e Arte Barroca na Universidade Federal de Ouro Preto (MG) nos anos 1985/1986. Sua monografia de conclusão do curso, "O Lundu e a Modinha no Período Colonial", foi um aprofundado estudo sobre as duas primeiras formas da música popular autenticamente brasileira. O tema despertou interesse na comunidade acadêmica e resultou em convites para palestras na Universidade de Paris-Sorbonne (1998) e na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa (2000), dentro das comemorações dos 500 anos do descobrimento do Brasil. Em Portugal, sua pesquisa foi publicada pelo Serviço de Música da Fundação Gulbenkian em 2001, ao lado de trabalhos dos mais respeitados especialistas da música setecentista de ambos os países.
Olga Frange trabalhou por mais de quarenta anos no Instituto Musical Uberabense, dezessete anos no Conservatório Estadual de Música "Renato Frateschi" de Uberaba, e sete anos no Conservatório Estadual de Música "Cora Pavan Capparelli", de Uberlândia (MG). Na Fundação Cultural de Uberaba exerceu os seguintes cargos: membro do Conselho Deliberativo (1985/1986); Diretora Cultural (1988); Assessora das áreas de Música e Dança (de 1995 a 1997); Diretora Geral (2001 a 2004). Em 1989 foi nomeada Diretora Administrativa da Fundação Afrânio Azevedo, vinculada à TV Regional, com ações voltadas para o Triângulo Mineiro.
É constantemente convidada para proferir palestras sobre os mais diversos temas relacionados à área musical, tais como: A Música na Semana de Arte Moderna de 1922; O Barroco nas Artes; A Vida e a Obra de Johann Sebastian Bach; O Impressionismo na Música; Os 200 anos de Chopin; Música e Espiritualidade; A História do Choro; Dados Históricos do Ensino Musical no Brasil; O Enigma Mozart - a partitura de uma vida.
É articulista do Jornal da Manhã, com cerca de cem crônicas publicadas sobre os mais variados assuntos. Desde 2013 vem se dedicando à pesquisa da História da Música em Uberaba, que resultou no livro "Pioneiros da História da Música em Uberaba", lançado em 2019, abrangendo a vida e obra de dezenove dos mais representativos músicos uberabenses do final do século XIX e da primeira metade do século XX. Agora, a autora apresenta este novo trabalho, "Mulheres na Música", revelando os nomes de grandes figuras femininas que deram sua enorme contribuição na evolução musical de nosso país.
Atendendo honroso convite da então diretora do Arquivo Municipal, Marta Zednik de Casanova, Olga Frange teceu considerações sobre o Hino de Uberaba e seus autores, além de responsabilizar-se pelos textos que traçam um "Panorama da Música em Uberaba" no livro "Uberaba - 200 Anos no Coração do Brasil", e-book lançado em 2020 pela Superintendência do Arquivo Público Municipal "Hildebrando de Araújo Pontes", dentro dos eventos comemorativos do bicentenário de Uberaba. Nele, ela faz uma análise abrangente sobre a música popular e erudita de sua cidade natal desde 1815 aos dias atuais.
Foi colaboradora da revista "Cosmovisão", órgão oficial do ICEBRACO, Instituto de Cultura Brasil Centro-Oeste (1996), do jornal cultural "Movimento Arte e Cultura" (1999) e, em 2021, da Revista Convergência Digital, da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, como Associada Correspondente, com artigos sobre o universo artístico.
Fez jus às seguintes Comendas do Governo de Minas: Grande Medalha da Inconfidência, em Ouro Preto; Medalha JK, em Diamantina; Medalha Calmon Barreto, em Araxá. Em Uberaba, recebeu da Câmara Municipal homenagem no Dia Internacional da Mulher (1985); a Comenda Sesquicentenário, na comemoração dos 150 anos da elevação de Uberaba à condição de cidade (2006); a Medalha Markito, por sua atuação na área musical (2015). Foi ainda alvo de homenagem da Associação das Mulheres de Negócios e Profissionais de Uberaba, e da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), onde ocupou os cargos de conselheira e de vice-presidente do Museu do Zebu.
Em 16 de outubro de 2021, foi eleita para ocupar a cadeira nº 15 da Academia de Letras do Triângulo Mineiro.
Referências Bibliográficas
Texto cedido pela acadêmica.
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